terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Áurio Scherer sai em defesa da Emater/RS-Ascar

Tendo liderado a luta por políticas públicas de fomento à agricultura, Áurio diz que o trabalho da Emater/RS-Ascar é fundamental para os agricultores


Áurio com o gerente regional: Não podemos abrir mão dessa ferramenta de importância vital para nossa agricultura


Muito preocupado com a situação da Emater/RS-Ascar, que luta na Justiça para reverter a perda da filantropia, o vice-prefeito de Arroio do Meio e líder político Áurio Scherer, fez uma visita, na segunda-feira, ao gerente da Regional Lajeado, Luiz Henrique Bernardi. No encontro, Áurio manifestou seu apoio aos funcionários e ao trabalho de assistência técnica e extensão rural desenvolvido pela Emater/RS-Ascar, defendendo sua continuidade. Ele informou que integra o grupo que move uma ação popular para a manutenção da filantropia e que é um defensor incondicional da Emater/RS-Ascar e do trabalho que esta desenvolve no Estado.
Scherer ressaltou que a assistência técnica gratuita é de fundamental importância para os agricultores, inclusive para que estes tenham motivação para permanecerem no meio rural. “As famílias dos pequenos agricultores não têm condições para contratar assistência técnica privada. Precisam desse instrumento público que dá apoio permanente para acompanhar as mudanças rápidas. Só assim o pequeno agricultor vai conseguir continuar fornecendo o alimento saudável e indispensável para todos, do campo e da cidade, e adentrar em novos nichos de mercado, como a agricultura orgânica, a agroindústria, a piscicultura, entre outros”.
Diante dos números apresentados pelo gerente regional, Áurio disse que a situação é muito delicada e que o Estado terá grandes perdas caso a Justiça decida pelo fim da filantropia. Em três anos a Emater/RS-Ascar foi responsável pela elaboração de mais de 137 mil projetos para a obtenção de cerca de R$ 3 bilhões em crédito. “Esse dinheiro ajudou a alimentar a economia do Estado e dos nossos municípios. Se não tivermos esse aparato técnico para fazer os projetos, nossos agricultores vão ter dificuldades para acessar as políticas públicas para a agricultura, as quais lutamos muito para conseguir”, lamenta.
Para Bernardi o momento é de apreensão. Tanto pela responsabilidade que existe em relação à sociedade e aos agricultores, quanto pelos empregados que estão em risco, sem saber qual será o futuro profissional. “Será uma perda muito grande se a Emater/RS-Ascar for extinta. Todas as famílias ficariam desassistidas e muitas não vão ter acesso à políticas públicas voltadas para a agricultura”, lamenta.
“Não dá para imaginar os avanços que tivemos na agricultura no Rio Grande do Sul, ao longo de mais de 50 anos, sem o respaldo técnico dessa entidade. Somos defensores intransigentes desse modo de assistência técnica para nossos agricultores. Se, por ventura alguns ajustes forem necessários, que se faça. Mas não podemos abrir mão dessa ferramenta de importância vital para nossa agricultura”, sentencia Scherer.
Hoje a Emater/RS-Ascar está presente em 493 municípios gaúchos. É a responsável pela elaboração da maioria dos projetos técnicos necessários para que os agricultores acessem as mais diferentes modalidades de crédito e programas governamentais. Em média, são três milhões de atendimentos por ano, seja por visitas, atendimentos técnicos, reuniões ou eventos técnicos. No ano passado foram atendidas 250 mil famílias.

A Regional Lajeado abrange 55 municípios e atendeu em 2013 mais de 21 mil famílias. Foram elaborados mais de 11 mil projetos de financiamentos, com valores aproximados de R$ 312 milhões. 

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