Tendo liderado a luta por políticas públicas
de fomento à agricultura, Áurio diz que o trabalho da Emater/RS-Ascar é fundamental
para os agricultores
Áurio com o gerente regional: Não podemos
abrir mão dessa ferramenta de importância vital para nossa agricultura
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Muito preocupado
com a situação da Emater/RS-Ascar, que luta na Justiça para reverter a perda da
filantropia, o vice-prefeito de Arroio do Meio e líder político Áurio Scherer,
fez uma visita, na segunda-feira, ao gerente da Regional Lajeado, Luiz Henrique
Bernardi. No encontro, Áurio manifestou seu apoio aos funcionários e ao
trabalho de assistência técnica e extensão rural desenvolvido pela Emater/RS-Ascar,
defendendo sua continuidade. Ele informou que integra o grupo que move uma ação
popular para a manutenção da filantropia e que é um defensor incondicional da
Emater/RS-Ascar e do trabalho que esta desenvolve no Estado.
Scherer
ressaltou que a assistência técnica gratuita é de fundamental importância para
os agricultores, inclusive para que estes tenham motivação para permanecerem no
meio rural. “As famílias dos pequenos agricultores não têm condições para
contratar assistência técnica privada. Precisam desse instrumento público que
dá apoio permanente para acompanhar as mudanças rápidas. Só assim o pequeno
agricultor vai conseguir continuar fornecendo o alimento saudável e
indispensável para todos, do campo e da cidade, e adentrar em novos nichos de
mercado, como a agricultura orgânica, a agroindústria, a piscicultura, entre
outros”.
Diante dos
números apresentados pelo gerente regional, Áurio disse que a situação é muito delicada
e que o Estado terá grandes perdas caso a Justiça decida pelo fim da
filantropia. Em três anos a Emater/RS-Ascar foi responsável pela elaboração de
mais de 137 mil projetos para a obtenção de cerca de R$ 3 bilhões em crédito.
“Esse dinheiro ajudou a alimentar a economia do Estado e dos nossos municípios.
Se não tivermos esse aparato técnico para fazer os projetos, nossos
agricultores vão ter dificuldades para acessar as políticas públicas para a
agricultura, as quais lutamos muito para conseguir”, lamenta.
Para Bernardi
o momento é de apreensão. Tanto pela responsabilidade que existe em relação à
sociedade e aos agricultores, quanto pelos empregados que estão em risco, sem
saber qual será o futuro profissional. “Será uma perda muito grande se a Emater/RS-Ascar
for extinta. Todas as famílias ficariam desassistidas e muitas não vão ter acesso
à políticas públicas voltadas para a agricultura”, lamenta.
“Não dá para
imaginar os avanços que tivemos na agricultura no Rio Grande do Sul, ao longo
de mais de 50 anos, sem o respaldo técnico dessa entidade. Somos defensores
intransigentes desse modo de assistência técnica para nossos agricultores. Se,
por ventura alguns ajustes forem necessários, que se faça. Mas não podemos
abrir mão dessa ferramenta de importância vital para nossa agricultura”,
sentencia Scherer.
Hoje a Emater/RS-Ascar
está presente em 493 municípios gaúchos. É a responsável pela elaboração da
maioria dos projetos técnicos necessários para que os agricultores acessem as
mais diferentes modalidades de crédito e programas governamentais. Em média,
são três milhões de atendimentos por ano, seja por visitas, atendimentos
técnicos, reuniões ou eventos técnicos. No ano passado foram atendidas 250 mil
famílias.
A Regional
Lajeado abrange 55 municípios e atendeu em 2013 mais de 21 mil famílias. Foram
elaborados mais de 11 mil projetos de financiamentos, com valores aproximados
de R$ 312 milhões.
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